quarta-feira, 8 de novembro de 2006
Queres ser meu amigo outra vez?
Digo a mim próprio, num regime que me penaliza pouco, que já era tempo de estarmos juntos outra vez. Decido perdoar-me, e a ti, esperando ser retribuído, a distância que acumulei, também de mim próprio, por apenas 77 euros devidos em função de forfaits não usados, que, já que perguntas, já devolveram, sim.
terça-feira, 7 de novembro de 2006
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
Amor de Amizade
T.: Sabes que eu já decidi que vou casar com um homem?
F.: Ah sim?
T.: Sabes que eu já decidi o nome dele?
F.: Qual é? (sorriso nervoso detectado ao espelho)
T.: É francisco. Mas eu ainda não decidi se és tu ou o Martins...
F: O caracoleta?
(...silêncio)
T.: Sabes que eu às vezes tenho o meu corpo a empurrar-me para o pé de ti para te dar um beijinho na bochecha?
(...silêncio)
M. (o outro indiscreto): OH TERESA TU ÉS NAMORADA DELE!!!
T.: tenho amor por ele, mas é amor de amizade.
F.: Ah sim?
T.: Sabes que eu já decidi o nome dele?
F.: Qual é? (sorriso nervoso detectado ao espelho)
T.: É francisco. Mas eu ainda não decidi se és tu ou o Martins...
F: O caracoleta?
(...silêncio)
T.: Sabes que eu às vezes tenho o meu corpo a empurrar-me para o pé de ti para te dar um beijinho na bochecha?
(...silêncio)
M. (o outro indiscreto): OH TERESA TU ÉS NAMORADA DELE!!!
T.: tenho amor por ele, mas é amor de amizade.
xiiiiiiiiiiuuuuuuuuu ou Fernando the JazzMan # 2
F.: "Gosto dele porque ele fala como tu, baixinho. Falar baixinho é uma vantagem."
quarta-feira, 19 de julho de 2006
segunda-feira, 17 de julho de 2006
Relaaaaaaaaaaaaaaaaxa
Brincadeira Matinal: olhar para os carros do lado, pessoas e tudo, e dizer o que gostam mais e menos.
Carro da Direita:
(condutora: europeia)
F.: Do relógio da senhora;
M.: Do carro.
Carro da Esquerda:
(condutora: africana)
F.: De nada;
M.: É uma empegada! É uma empegada!
Intervenção de Pai preocupado com o preconceito racial é abortada:
M.: Tem um vestido aos quadadinhos!
Carro da Direita:
(condutora: europeia)
F.: Do relógio da senhora;
M.: Do carro.
Carro da Esquerda:
(condutora: africana)
F.: De nada;
M.: É uma empegada! É uma empegada!
Intervenção de Pai preocupado com o preconceito racial é abortada:
M.: Tem um vestido aos quadadinhos!
sexta-feira, 14 de julho de 2006
Egotrip graças ao Sevéme
Meu querido joao. Sao os teus pes que eu beijo, por seres tao atencioso e lindo, interior e exterior. Muito obrigado e bom fds. bjs, muitos
quinta-feira, 6 de julho de 2006
relativizar
Uma das maiores belezas da paternidade é olhar com ternura para a embalagem de Pára-Pio (oh!, departamento de marketing, oh!, apelo ao consumo!) colocada no parapeito da janela da casa de banho dos anfitriões.
segunda-feira, 3 de julho de 2006
formiga
Uma formiga na Barriga
Que tá fazendo coceguinha
e não me deixa dormir
Ama farmaga na Barraga
Qa tá fazanda cacaganha
a não ma daixa darmar
Eme fermegue ne Berregue
Que te fezende qeqeguenhe
e ne me deixe dermer
imi firmigui ni Birrigui
Qui ti fizindi qiqiguinhi
i ni mi dixi dirmir
omo formogo no Borrogo
Qo to fozondo cocogonho
o no mo doxo dormor
umu furmugu nu Burrugu
Qu tu fuzundu cucugunhu
u nu mu duxu durmur
Que tá fazendo coceguinha
e não me deixa dormir
Ama farmaga na Barraga
Qa tá fazanda cacaganha
a não ma daixa darmar
Eme fermegue ne Berregue
Que te fezende qeqeguenhe
e ne me deixe dermer
imi firmigui ni Birrigui
Qui ti fizindi qiqiguinhi
i ni mi dixi dirmir
omo formogo no Borrogo
Qo to fozondo cocogonho
o no mo doxo dormor
umu furmugu nu Burrugu
Qu tu fuzundu cucugunhu
u nu mu duxu durmur
quinta-feira, 29 de junho de 2006
Black Soul

Novas rotinas das terças de manhã, os miúdos trocam cromos da bola com os colegas, eu troco discos de Jazz com o Fernando, o caucasiano. Entrego-lhe este e ouço:
"Quê, brancos?!"
Respondo: "e tu?"
Oiço: "Mas eu tenho uma Black Soul"
Generation Gap - Take 1

M., 4 anos, a propósito da Black Eyed Peas: "Tu não gostas destas músicas, pai, só gostas de corneta!"
segunda-feira, 15 de maio de 2006
sexta-feira, 12 de maio de 2006
Um bom momento:
"É o mesmo que acontece, tenta Perowne convencer-se a si próprio, quando se clipa um aneurisma: absorve-se a variação de um tema imutável"

quinta-feira, 11 de maio de 2006
back to basics
O único requisito para ser vizinho de uma escola é ser mau, concluo eu, ao entrar na escola dos meus filhos e dar com o M. a chorar, que o vizinho não devolve a bola, que ele já pediu, que jaz no jardim à espera do cão
e a Clara, que o M.chama de avó:
"ele nunca devolve, ela às vezes devolve, quando ele não está"
(e eu vou, em teletransporte, até casa deles, sento-me na cozinha a vê-los discutir sobre os miúdos que choram e sobre as bolas que o fartam e ela faz tomatada enquanto diz: "no fim do ano devolvo-as todas, sem tu saberes e depois digo que as furei e as deitei fora e tu vês isso como um triunfo")
(e vou também, no mesmo shuttle, até ao meu colégio, encostado à rede, com as mãos a ganhar a cor e o cheiro da ferrugem, a mulher que nunca víamos, mas que tinha uma faca onde ficavam as bolas que nunca voltavam para este lado da rede, por muito que esperássemos. Consta que ela, em requinte de malvadez, devolvia as bolas de borracha imaculadamente cortadas ao meio, como queijo flamengo.)
e a Clara, que o M.chama de avó:
"ele nunca devolve, ela às vezes devolve, quando ele não está"
(e eu vou, em teletransporte, até casa deles, sento-me na cozinha a vê-los discutir sobre os miúdos que choram e sobre as bolas que o fartam e ela faz tomatada enquanto diz: "no fim do ano devolvo-as todas, sem tu saberes e depois digo que as furei e as deitei fora e tu vês isso como um triunfo")
(e vou também, no mesmo shuttle, até ao meu colégio, encostado à rede, com as mãos a ganhar a cor e o cheiro da ferrugem, a mulher que nunca víamos, mas que tinha uma faca onde ficavam as bolas que nunca voltavam para este lado da rede, por muito que esperássemos. Consta que ela, em requinte de malvadez, devolvia as bolas de borracha imaculadamente cortadas ao meio, como queijo flamengo.)
quinta-feira, 13 de abril de 2006
An open letter – or an intimate review – about Keith Jarret’s Endless
11pm and I lie in the hot bathtub, my laptop echoes through the window, and only an incompatibility between water and electronics prevents me from beginning this text, which result and purpose I ignore, as I will probably do by its end, provided it ends.
It probably took 5 to 7 years to get Endless from ECM’s shelves into my father-in-law’s and into my hands, as my first ever attentive listening jazz record. Of course I ignore the time delay in which it evolved lonely in the authour’s head, but it was worth every second.
Although I dislike and, for personal reasons which are not worth considering, I tend do refrain a very bold evocative style, I proudly confess that this theme still – and will, probably ever – wakes, every time I play it, even when at repeat mode, the same light of hope as it did for the first time, in the early-90’s.
Although I was not fortunate enough to be “blessed” by a musical gift, I keep the pleasure and the joy of relating myself with music on a very – one would say –simplistic way of like or dislike, which has probably prevented me to go deeper in several occasions, but allowed me to follow my instinct, in a quite non-scholar way.
Sometimes I imagine how the author relates himself about this part of his musical history. I guess in the musical creative work there is always a part of connection and a part of disconnection. Sometimes I care about it. Sometimes I do not. This text begins a new era of confusion, as an Endless doubt about my (excessive?) care and the fear of rejection.
My conceptual relationship with musical themes does not arise as often as probably a mainstreamed orientation with recommend; most of the times, the music does not enter my grey areas in a very conscious way and I only relate with it in a superficial and epidemic way – and I or part of me dance.
I have always thought Endless as a continued (Endless?) struggle between hope and disbelief and always have looked and heard into its last four accords as my discrete, future, endless and hopeful hope in life, as my safety net, as my last resort.
I am sure there are several – musical and or mathematical, highs and lows, beats per minute, and on and on, and on and on - theories, on notes and so on, which are good to explain my reaction as part of a predictable brain. I prefer to live every second of each experience, with the music silences, with the music and the author’s shouts, with my urge to silence, with my urge to shout, with my urge to cry, with my urge to smile and with my urge to laugh.
I tend to think that one can never say that he is crying on and over music, only. This comes to me as a background, which involves and embraces your other feelings. With Endless, the world has appeared in a fairly less monochromatic way, and brought me my inner joys and my inner pain and, most of the times, my inner joy in a form of dry tears of happiness – not as transitory joy, but as a profound and, dare to say, Endless way.
It probably took 5 to 7 years to get Endless from ECM’s shelves into my father-in-law’s and into my hands, as my first ever attentive listening jazz record. Of course I ignore the time delay in which it evolved lonely in the authour’s head, but it was worth every second.
Although I dislike and, for personal reasons which are not worth considering, I tend do refrain a very bold evocative style, I proudly confess that this theme still – and will, probably ever – wakes, every time I play it, even when at repeat mode, the same light of hope as it did for the first time, in the early-90’s.
Although I was not fortunate enough to be “blessed” by a musical gift, I keep the pleasure and the joy of relating myself with music on a very – one would say –simplistic way of like or dislike, which has probably prevented me to go deeper in several occasions, but allowed me to follow my instinct, in a quite non-scholar way.
Sometimes I imagine how the author relates himself about this part of his musical history. I guess in the musical creative work there is always a part of connection and a part of disconnection. Sometimes I care about it. Sometimes I do not. This text begins a new era of confusion, as an Endless doubt about my (excessive?) care and the fear of rejection.
My conceptual relationship with musical themes does not arise as often as probably a mainstreamed orientation with recommend; most of the times, the music does not enter my grey areas in a very conscious way and I only relate with it in a superficial and epidemic way – and I or part of me dance.
I have always thought Endless as a continued (Endless?) struggle between hope and disbelief and always have looked and heard into its last four accords as my discrete, future, endless and hopeful hope in life, as my safety net, as my last resort.
I am sure there are several – musical and or mathematical, highs and lows, beats per minute, and on and on, and on and on - theories, on notes and so on, which are good to explain my reaction as part of a predictable brain. I prefer to live every second of each experience, with the music silences, with the music and the author’s shouts, with my urge to silence, with my urge to shout, with my urge to cry, with my urge to smile and with my urge to laugh.
I tend to think that one can never say that he is crying on and over music, only. This comes to me as a background, which involves and embraces your other feelings. With Endless, the world has appeared in a fairly less monochromatic way, and brought me my inner joys and my inner pain and, most of the times, my inner joy in a form of dry tears of happiness – not as transitory joy, but as a profound and, dare to say, Endless way.
quinta-feira, 16 de março de 2006
dos 35 aos 5, de garfo na mão
Embora na realidade nunca tivesse pensado muito nisso, nunca esperei ver aparecer, debaixo do molho da francesinha, a frase
"quem não trabuca não manduca"
escrita, no fundo do prato, em letras, vermelhas e pretas,
tal como certamente seriam vermelhas e pretas as letras em que a escreviam os camaradas do MRPP que a transformaram em slogan de campanha PREC, ao ponto de me fazer pedir à minha mãe que me deixasse trabalhar para não morrer de fome.
"quem não trabuca não manduca"
escrita, no fundo do prato, em letras, vermelhas e pretas,
tal como certamente seriam vermelhas e pretas as letras em que a escreviam os camaradas do MRPP que a transformaram em slogan de campanha PREC, ao ponto de me fazer pedir à minha mãe que me deixasse trabalhar para não morrer de fome.
segunda-feira, 13 de março de 2006
RG, piloto aviador francês e duas das suas pérolas:
1. "A coisa mais difícil de ter reuniões nos Estados Unidos não são as horas de voo, não é o jet lag; é jantar com americanos a contarem, sic, "American Jokes"";
2. "Quando a minha mulher me diz que eu tenho um emprego muito difícil, respondo sempre: pois, "that's why I love it so much1"
2. "Quando a minha mulher me diz que eu tenho um emprego muito difícil, respondo sempre: pois, "that's why I love it so much1"
sexta-feira, 3 de março de 2006
terça-feira, 21 de fevereiro de 2006
Jogo de Espelhos
A pergunta mais difícil da minha vida, pela angústia existencial com que o F., de 6 anos, me confronta:
F: "Pai, tu és 1 dread ou 1 beto?"
(...e não vale a pena pensar que a resposta é fácil, porque a dificuldade está em não ser o que parece)
F: "Pai, tu és 1 dread ou 1 beto?"
(...e não vale a pena pensar que a resposta é fácil, porque a dificuldade está em não ser o que parece)
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006
The Waterboy
O meu Waterboy preferido já não é o Mike Scott, esse companheiro de insónia, mas o meu irmão do Norte, aka "rei das festas brutas" ou Presidente da Associação das Àguas, esse homem que, jurando que não se pastilha, vive de garrafa de água de plástico no bolso e que não tem sede, antes está "desidratado".
terça-feira, 14 de fevereiro de 2006
Role playing em Boa Hora
Visto do banco das testemunhas, aquela espera, aqueles rituais decrépitos, aquela sala imensa, aquelas vestes negras, aqueles 3 que cochicham por cima da instância da Procuradora, que usa o silêncio para captar a atenção
- como eu fazia, a medo, durante os exames orais -
a parafernália de gravadores, amplificadores, cassettes, casse-têtes, aquele frio, todo aquele espaço, todo aquele papel, aquele funcionário que passou a tarde, de um lado para o outro, com um só papel na mão, aqueloutros três vestidos de negro, que disfarçavam a igualdade conferida pela beca com óculos channel e botas de salto agulha,
nada daquilo faz sentido.
- como eu fazia, a medo, durante os exames orais -
a parafernália de gravadores, amplificadores, cassettes, casse-têtes, aquele frio, todo aquele espaço, todo aquele papel, aquele funcionário que passou a tarde, de um lado para o outro, com um só papel na mão, aqueloutros três vestidos de negro, que disfarçavam a igualdade conferida pela beca com óculos channel e botas de salto agulha,
nada daquilo faz sentido.
83 anos,
sapatos de vela, meias de lã, calças de bombazina, camisa de flanela, um casaco de lã, um blazer (de lã) e uma canadiana
- castanha -
um boné que pousava elegantemente no joelho, de perna traçada, e numa conversa de ocasião, de salão, de espera para depor como testumunha arrolada pela acusação
(resistindo, ambos, a tentar fazer as pazes com Deus - the truth and nothing but the truth - e com o Diabo do arguido, mentindo-lhe (ou seria ao contrário?!), a revelação de uma história de vida, de uma vida em comum com a sua
"companheira", âncora,
"veja esta foto aqui, no dia do nosso casamento", "e esta aqui, no Luso, no casamento de uns amigos", "tinha uns olhos lindos, sempre teve"
resumida num papel, imaculadamente dobrado e manuscrito, que distribuiu à família e aos amigos, no Natal passado, agradecendo à "companheira", âncora,
"cremada, como eu também vou ser, porque nós combinámos isso", a energia que lhe deixou para, apesar da solidão, continuar a gostar de levar com o vento e a chuva na cara.
- castanha -
um boné que pousava elegantemente no joelho, de perna traçada, e numa conversa de ocasião, de salão, de espera para depor como testumunha arrolada pela acusação
(resistindo, ambos, a tentar fazer as pazes com Deus - the truth and nothing but the truth - e com o Diabo do arguido, mentindo-lhe (ou seria ao contrário?!), a revelação de uma história de vida, de uma vida em comum com a sua
"companheira", âncora,
"veja esta foto aqui, no dia do nosso casamento", "e esta aqui, no Luso, no casamento de uns amigos", "tinha uns olhos lindos, sempre teve"
resumida num papel, imaculadamente dobrado e manuscrito, que distribuiu à família e aos amigos, no Natal passado, agradecendo à "companheira", âncora,
"cremada, como eu também vou ser, porque nós combinámos isso", a energia que lhe deixou para, apesar da solidão, continuar a gostar de levar com o vento e a chuva na cara.
Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita:
ou de como um improvável encontro se transforma num provável desencontro.
história da galinha e do ovo na era da globalização (alternative take)
"Is my life my blog or my blog my life?"
(James Marsh, in "bloglifters of the world: unite and take over")
(James Marsh, in "bloglifters of the world: unite and take over")
terça-feira, 7 de fevereiro de 2006
Antonio, em autoretrato:
"Muito terra a terra, e com um happy end."
E, a propósito, duas confissões:
1. quem me dera, quer uma, quer outra;
2. o "tom de restelo" em que a ouvi dá à frase toda uma outra dimensão.
E, a propósito, duas confissões:
1. quem me dera, quer uma, quer outra;
2. o "tom de restelo" em que a ouvi dá à frase toda uma outra dimensão.
Fernando
O Fernando (um informático de esquerda, saxofonista cá do burgo) abordou-me no carro, pedindo-me os documentos. Dei-lhe boleia, de que ele não precisava, para o menos 2 e ele sentou-se, pôs as penas dos indios do xi na cabeça, fechou os olhos e disse: "isto é miles, isto é miles de certeza". E era, claro.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006
história da galinha e do ovo na era da globalização:
o governo é patrocinado pela Microsoft ou a Microsoft é patrocinada pelo Governo?
terça-feira, 31 de janeiro de 2006
segunda-feira, 23 de janeiro de 2006
Sorte
ou lá o que foi que eu tive,
porque em vez de ouvir o primeiro discurso do novo PR, fui graciosamente forçado a ler o Harry Potter, o que,
apesar de tudo,
(pelo que pude ver no resumo, cheio de bandeirinhas nacionais, Marias e Patrícias e netinhos de calçõezinhos)
é muito menos assustador !
(até para uma criança de 6 anos)
porque em vez de ouvir o primeiro discurso do novo PR, fui graciosamente forçado a ler o Harry Potter, o que,
apesar de tudo,
(pelo que pude ver no resumo, cheio de bandeirinhas nacionais, Marias e Patrícias e netinhos de calçõezinhos)
é muito menos assustador !
(até para uma criança de 6 anos)
you're a fucking mustard !!!

deparo com o cartaz alusivo, caído, inclinado, tombado contra a parede num bar em que não fazia qualquer sentido - a não ser uma mera conexão formal, tipo país de origem - e vou, a 200Km/hora, muito "catalizado", para a mesa da sala em casa dos meus pais - jantar - e para as mãos do meu pai, colher de madeira das pequeninas, a tirar da lata com o rebordo enferrujado (parece que tem a ver com as educações do post-guerra) o pó e a misturá-lo com dois pingos de água (duas lágrimas) numa peça de porcelana azul, que nunca serviu para outra coisa e que hoje, apesar de ainda existir, não deve servir para nada.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2006
quarta-feira, 18 de janeiro de 2006
rumores ex post
Consta - a little bird called Vassily told me - que a mãe do Freitas
- "mãe querida, mãe querida" -
afinal,
é mesmo tida por Deus.
O filho, esse, consta apenas que morreu.
- "mãe querida, mãe querida" -
afinal,
é mesmo tida por Deus.
O filho, esse, consta apenas que morreu.
terça-feira, 17 de janeiro de 2006
grandparental or professional expertise?
"Estes gatos são muito do agrado dos teus filhos, sobretudo do Baia, que
imita o gato a cheirar as flores...
Foi um gosto estar com eles: o Francisco, inteligente, atento, lindo, com
óptima memória, um desafio permanente ao nosso controlo emocional pelo seu
grau de exigência; o Baia afectuoso, alegre, também lindo, belo dançarino e
cantor, um pouco gritão quando contrariado. Requerem muita atenção, mas
também dão muito amor."
imita o gato a cheirar as flores...
Foi um gosto estar com eles: o Francisco, inteligente, atento, lindo, com
óptima memória, um desafio permanente ao nosso controlo emocional pelo seu
grau de exigência; o Baia afectuoso, alegre, também lindo, belo dançarino e
cantor, um pouco gritão quando contrariado. Requerem muita atenção, mas
também dão muito amor."
in memoriam
felizmente está vivo, mas se o Freitas, hoje toxicodependente em recuperação, podia dizer "que deus tem" sempre que se referia à senhora sua mãe (viva, embora triste, cada vez mais triste) eu também devo poder dizer isso, quase (arredondado por defeito, que começo a ter idade para isso) vinte anos depois, quando, improvavelmente, reencontro o Boto, o meu companheiro de todos os dias entre os 13 e os 15 e o poupo - porque a sua imperturbável, frígida e perfeita cara metade também estava à mesa de café - à lembrança de uma playboy com a Joan Collins e a Victoria Principal que devorávamos (fica, que assim é equívoco) quando estávamos sozinhos em minha casa em Benfica, aquela cujas paredes mudavam de cor, do verde ao tijolo, de quarto para quarto.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2006
(Re?) Inaugurações
Os pés da Leonor Farmhouse, colega de escola e Karaté do F., nas minhas mãos e, com a segurança de quem me mandou, noutro dia, fazer a barba para não a picar, a (re?!) constatação:
"tens as mãos tão quentinhas"
O regresso aos relvados, com uma novidade: o primeiro elogio em brasileiro, vindo do Lúcio, no seu ar de jogador do Boca Juniors no princípio dos anos 80:
"Boa, Goleiro!"
"tens as mãos tão quentinhas"
O regresso aos relvados, com uma novidade: o primeiro elogio em brasileiro, vindo do Lúcio, no seu ar de jogador do Boca Juniors no princípio dos anos 80:
"Boa, Goleiro!"