terça-feira, 30 de março de 2004

A minha vida está a melhorar.

O homem do quiosque deu-me 5 cêntimos de fiado!!!

segunda-feira, 22 de março de 2004

fiquei grande parte da noite a falar com estranhos e senti-me muito bem, até amigo deles.

depois, pensei que isso significava, no fundo, que estava a ficar sozinho.

e fui-me abaixo.

valeu-me o meu irmão do meio, que acordei às 6 da manhã.
A oportunidade faz o momento, gritava um betinho para o seu amigo.
O meu amigo limitou-se a dizer, com um sorriso irónico nos lábios:
"juventude e a cultura".

lembrei-me dos slogans do IPJ e só lamentei que estivessem tão a leste.

sexta-feira, 19 de março de 2004

hoje fui ofendido: um cliente de um cliente meu escreveu-lhe uma carta a chamar-me "manhoso".
confesso que fico down, apesar de os meus amigos e colegas me dizerem que estive bem.
um dos manda-chuvas do meu cliente apoiou-me.
acho que vou processá-lo, mas só quando isto já não for só rancor.
hoje é dia do pai.
não trabalhei de manhã e estive com os meus filhos.
o mais novo gostou muito de ir à escola do mais velho e, como que por magia (eles nunca se tinham visto) correu a abraçar o melhor amigo do mais velho.


hoje é dia do pai, são 9 da noite e ainda não falei com ele.
digo a mim próprio que tentei, às 2 da tarde, e que ele não atendeu o telemóvel.
o meu barbeiro é um homem que me acalma.
respeita os silêncios, a vontade de falar, os disparates, os lados mais sérios.
o ambiente da barbearia também.
o espaço é óptimo, o ambiente entre clientes também.
vou lá desde que tenho cabelo e vou ter saudades de todos eles quando deixar de ter cabelo.
"as nuvens são lagos de vapor de água"

quarta-feira, 17 de março de 2004

Ontem fui com o meu cunhado, um puto que vai fazer 10 anos, ao futebol.

fica aqui já dito: o puto é especial e vai longe... se o deixarmos.
Vou para casa.

Tenho, desde ontem, um amigo a trabalhar comigo no escritório.

Por nós está a ser bom, mas será que os outros vão deixar que continue assim?

Não se pode saltar já uns aninhos e ficar só com os bonzinhos?
quem me conhece sabe que eu sou incapaz de ter uma relação sorumbática.

isto aplica-se, sobretudo, aquelas relações públicas, com empregados de café, de restaurante, de lojas, etc que vemos diariamente.

Sou incapaz de não saber os nomes deles, de não conversar um bocadinho, enfim.

no outro dia, dei-me conta de que tenho um ódio de estimação de entre essas relações diárias: o homem do quiosque, que vejo ou quando lá vou comprar qualquer coisa antes de começar a trabalhar, ou quando vou só espreitar as capas.

por muito que eu tente ser simpático, conquistá-lo, o homem mantém-se, nem dá uma abébia.

frio, distante, profissional. Bom dia, boa tarde, obrigado, comme il faut. Mas nem mais um dedinho (o gajo terá medo que eu pegue logo no braço todo?)

fiquei a pensar que o gajo me estraga aquele prazer de comprar o jornal ou de espreitar as capas.

Ando a pensar se continuo a tentar mudá-lo ou se pura e simplesmente devo mudar de quiosque.

quinta-feira, 11 de março de 2004

arranjámos um tempo para rir juntos, outra vez.

sexta-feira, 5 de março de 2004

a aldeia veio ter comigo à rua poluída da cidade. um grande amigo meu deu-me boleia, assim, ocasional, inesperada.
e almoçamos juntos, sozinhos, porque decidimos não convidar mais ninguém.
fugimos de um conhecido meu pela porta dos fundos, como se ainda fossemos os putos que se conheceram na escola
sete
seteais
seteamo
seteparecequeteamo
setesaias
seteanjostebeijaram
setesaias
os colegas reunidos na minha sala, na boa.
picardias sinceras, sentidas. verdades que ficam ditas para sempre, para que os silêncios não sejam invocados no futuro.
e a boa onda - o sete - que volta.
poderá ser sempre assim?
hoje, um amigo meu perguntou-me, sabendo que eu tinha estado no Rio de Janeiro, me perguntou se eu tinha estado no bar do "Tóm Jóban", assim, em inglês.

Ainda nos rimos.

quarta-feira, 3 de março de 2004

confronto à mesa de almoço entre um partidário do rio de janeiro e um partidário da noruega, como locais de eleição para viver.
não conheço a noruega.
fui aos blogues que sacaram os urls que eu queria, antes de ter chegado a este, de que também gosto muito.

eram todos de mulheres.

penso muito nisso ou deixo passar?
às vezes vemo-nos ao espelho sem notar - se olharmos só em frente - que, de um outro ângulo, há pessoas que tambêm nos vêm ao espelho.

e este blogue pode também ser isso: um reflexo de mim.

mas por enquanto só para mim.