Terá dito a Maria João Bustorff - senhora distinta que conheço mal, apenas dos tempos em que era casada com um amigo dos meus pais - que a cultura começa no ensino primário.
O comentário do meu interlocutor, que a citava, era que era indigno de uma ministra referir-se a ensino primário, porque este já não existe.
limitei-me a perguntar-lhe se a ideia dela, enquanto ministra da cultura, estava certa ou errada.
pela cara dele, fiquei com a sensação que nem sequer tinha pensado nisso.
soundbyte?
ou um puritanismo excessivo, rigorismo exacerbado que só se aplica a políticos?
sexta-feira, 30 de julho de 2004
quinta-feira, 29 de julho de 2004
terça-feira, 27 de julho de 2004
Há uns meses, o meu filho mais velho (4 anos), explicando-me por que razão eu não podia impôr-lhe determinadas coisas:
"tu mandas em ti, a mãe manda na mãe, o mano manda no mano, eu mando em mim."
Ontem, explicando-me por que razões temos que fazer favores um ao outro (ou, dito de outra forma, por que razão ele me podia impor determinada coisa):
"tu mandas em mim e eu mando em ti; eu mando na mãe e a mãe manda em mim; eu mando no mano e o mano manda em mim; tu mandas na mãe e a mãe manda em ti; tu mandas no mano e o mano manda em ti (...etc) " terminando com "a vida é assim, pai".
Temo o pior com estas evoluções em poucos meses....
"tu mandas em ti, a mãe manda na mãe, o mano manda no mano, eu mando em mim."
Ontem, explicando-me por que razões temos que fazer favores um ao outro (ou, dito de outra forma, por que razão ele me podia impor determinada coisa):
"tu mandas em mim e eu mando em ti; eu mando na mãe e a mãe manda em mim; eu mando no mano e o mano manda em mim; tu mandas na mãe e a mãe manda em ti; tu mandas no mano e o mano manda em ti (...etc) " terminando com "a vida é assim, pai".
Temo o pior com estas evoluções em poucos meses....
segunda-feira, 26 de julho de 2004
Vi, há uma semana, o abrupto na TV.
Comentando o prazer que me tinha dado vê-lo e OUVI-LO - a mim, que, à partida, estou longe dele por pedigree - com um amigo do PSD, achei estranho que ele só falasse do "ar desgrenhado de pseudo intelectual".
Desde há uns tempos que tenho para mim que as pessoas não ouvem a televisão, que só a vêem.
Nesse aspecto, corrigiria o Abrupto: não são soundbytes; são imagebytes.
O povo, esse soberano, escolherá entre o blazer azul com a camisa branca, aberta, mostrando um fio com um pendente religioso (á porta da Kapital) e o blazer escuro sobre a camisa escura (versão bairro alto a caminho do Lux) ou, nos dias de loucura, o blazer de cabedal preto sobre uma t.shirt escura.
Os alinhamentos são evidentes.
Comentando o prazer que me tinha dado vê-lo e OUVI-LO - a mim, que, à partida, estou longe dele por pedigree - com um amigo do PSD, achei estranho que ele só falasse do "ar desgrenhado de pseudo intelectual".
Desde há uns tempos que tenho para mim que as pessoas não ouvem a televisão, que só a vêem.
Nesse aspecto, corrigiria o Abrupto: não são soundbytes; são imagebytes.
O povo, esse soberano, escolherá entre o blazer azul com a camisa branca, aberta, mostrando um fio com um pendente religioso (á porta da Kapital) e o blazer escuro sobre a camisa escura (versão bairro alto a caminho do Lux) ou, nos dias de loucura, o blazer de cabedal preto sobre uma t.shirt escura.
Os alinhamentos são evidentes.